quarta-feira, janeiro 26, 2011

LIEBERMAN EM PORTUGAL

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, encontra-se desde ontem em Lisboa, vindo de Londres, tendo sido recebido ontem pelo seu homólogo português Luís Amado e pelo primeiro-ministro José Sócrates às 17H30 de hoje.
Vários grupelhos de esquerda - os "tais" que só promovem as democracias que lhes interessam e se calam perante outras atrocidades cometidas pelos regimes totalitários comunistas e islâmicos - viram recusada pelo Governo Civil de Lisboa a permissão para realizarem manifestações de protesto contra a recepção proporcionada ao ministro israelita por parte do governo português.
Felizmente imperou o bom senso...
Entretanto, o anti-semita Luís Amado pôs-se em bicos de pés e aproveitou para dizer ao seu homólogo israelita: "Recusamos colonatos!"... Como se Portugal tivesse alguma coisa a ver com as políticas e decisões internas do estado soberano de Israel...! Talvez em contrapartida fosse bom que Lieberman criticasse veementemente a construção do TGV ou do novo aeroporto de Lisboa...
O embaixador português José Filipe Morais Cabral fez também ontem triste figura na reunião de Conselho de Segurança das Nações Unidas - lugar que Portugal ocupa em desfavor do Canadá, pela sua amizade com Israel - ao afirmar que "os colonatos são ilegais à luz do direito internacional , incluindo os de Jerusalém oriental, e um obstáculo à paz".
Claro que estas afirmações não vêm ao acaso: estamos em vésperas de ser votada a resolução proposta ao Conselho de Segurança por vários países da Liga Árabe, pedindo a condenação da "actividade colonizadora de Israel". Ora, como se sabe, o primeiro-ministro português fez recentemente um périplo pelos países árabes em busca de grandes negociatas, pelo que convém agradar aos amigos árabes...
Lieberman no entanto não está a ter vida fácil. Vários países estão a querer condenar Israel, e, talvez pior ainda, a reconhecer o ilegítimo estado da "Palestina". O Peru foi agora o país mais recente a reconhecer o estado-pirata da "Palestina", no trilho de uma lista de países latino-americanos iniciada pelo Brasil. Agora é também a Irlanda a elevar ao estatuto de Embaixada as relações que mantém com a Autoridade Palestiniana.
Tudo aponta para que em Outubro os palestinianos auto-proclamem a sua independência. Estamos a caminho de dias muito difíceis, e o Médio Oriente está a agitar-se de forma estranha e perigosa: veja-se a tomada de poder no Líbano pelos terroristas do Hezbollah, as manifestações de rua no Egipto...grande mudanças podem estar para breve.
Shalom, Israel!

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque é que acha que um estado palestiniano seria pirata e ilegitimo? Tem a mesmissima legitimidade que o estado israelita uma vez que emanou da mesmissima resolução. Nem mais, nem menos.

Sou inteiramente amigo de israel, no sentido em que reconheço legitimidade e o direito dos povos à autodeterminação em função da história, cultura e religião e por conseguinte a existencia de Israel é inquestionavel.Neste sentido, embora os lideres arabes não tenham 'aproveitado' a oportunidade criada em 1948 e mesmo sabendo que as motivações dos actuais lideres palestinianos não serão as melhores, não podemos deixar-nos envolver por questões politicas e de táctica e de poder; reconhecer o direito a um estado palestiniano só nos traz beneficios.
Descontando a parte religiosa, também devemos rápidamente cumprir as fronteiras de 1948 e isso significa dizer ao mundo que abandonaremos os colonatos assim que hajam garantias sérias de paz por parte dos palestinianos e reconhecimento do estado de Israel. Fazer ao contrario dá a sensação que queremos tudo e isso não é verdade.

Ricciardi (RB)