sexta-feira, julho 15, 2011

ESTUDO DA UNIVERSIDADE HEBRAICA REVELA COMO O CANCER SE DESENVOLVE NO SEU INÍCIO

Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém relatam ter descoberto a base molecular para o rompimento do ADN durante o desenvolvimento de tumores malignos.
O ADN codifica toda a informação genética necessária para construir as proteínas da célula, e como tal, roturas no ADN interrompem a variedade de proteínas na célula e conduzem a mudanças no seu funcionamento. Estas alterações podem conduzir a defeitos no controle da proliferação celular e que resultam no desenvolvimento do câncer.
O estudo, cujos resultados foram hoje mesmo publicados na revista científica "Molecular Cell" foi conduzido pelo Professor Bat Sheva Kerem e pelo estudante doutorado Efrat Ozeri-Galai, do Instituto Alexander Silverman de Ciências de Vida na Faculdade de Ciências da Universidade Hebraica. Ao usarem tecnologias inovadoras, os dois puderam pela primeira vez caracterizar as regiões do ADN mais sensíveis ao rompimento nas primeiras fases do desenvolvimento cancerígeno.
"A maioria dos tumores cancerígenos são caracterizados por uma acumulação de estragos no ADN que levam ao desenvolvimento do câncer" - afirmaram os investigadores.
"Nas fases iniciais do desenvolvimento cancerígeno as células são forçadas a se proliferarem, e em cada proliferação o ADN é reproduzido de forma a assegurar que as células-filhas têm um ADN completo. Durante o desenvolvimento inicial das células cancerígenas, são criadas condições que interferem com a normal reprodução do ADN. Debaixo de tais condições, os estragos no ADN ocorrem principalmente em regiões específicas chamadas "regiões frágeis".

Durante a sua pesquisa, o Professor Kerem e Ozeri-Galai usaram um método de pesquisa inovador que permite o estudo das moléculas individuais de ADN, de forma a se descobrir a base para a sensibilidade especial das regiões frágeis. Encontrar uma explicação para este fenómeno é de suprema importância, uma vez que irradiará uma nova luz acerca da regulação da reprodução do ADN ao longo dessas regiões frágeis, que são as mais fáceis de romper, promovendo dessa forma o processo de desenvolvimento cancerígeno.
Eles descobriram que ao longo das regiões frágeis existem certas áreas que causam interferência no processo de reprodução do ADN, podendo até às vezes interrompê-lo. De forma a se permitir que se complete a reprodução do ADN, as regiões frágeis operam mecanismos que são normalmente utilizados debaixo de stress. Como resultado, sob tais condições de stress reprodutivo (sendo um dos exemplos as fases iniciais do desenvolvimento do câncer), a célula não tem recursos adicionais para aguentar o stress, sendo então provocado estrago no ADN. 
Os resultados deste estudo irradiam uma nova luz sobre o mecanismo molecular que encoraja o desenvolvimento de tumores cancerígenos. Outros estudos recentes têm-se concentrado nas situações que ocorrem nas células nas fases iniciais do desenvolvimento de tumores, de forma a se identificar os eventos iniciais que ocorrem nas células que contribuem por um lado para o desenvolvimento do crescimento cancerígeno, e por outro os eventos que podem impedir o processo.
Os resultados deste estudo permitem pela primeira vez identificar e caracterizar as propriedades do ADN que regulam o processo da duplicação nas regiões frágeis durante as fases iniciais do desenvolvimento de tumores. Estas descobertas irão no futuro conduzir a novas formas de lidar com a prevenção e/ou tratamento do câncer.
Israel tem um papel predominante na pesquisa do câncer. Isso inclui por exemplo métodos de diagnóstico, tais como o desenvolvimento de um sistema para a detecção prévia do câncer na cabeça e no pescoço na Technion, diagnósticos aravés de análises ao sangue, e nos métodos de tratamento como é o caso das pesquisas na nanoquimioterapia e inovações farmacêuticas na Universidade de Tel Aviv.
Shalom, Israel!














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