segunda-feira, novembro 12, 2012

ANTI-SEMITISMO PROTESTANTE


Alguns líderes evangélicos "pintaram" um quadro bastante pessimista das relações entre a Igreja e Israel e a comunidade judaica, durante uma visita recente a Israel, alegando que o anti-semitismo é um problema muito enraizado baseado na teologia cristã que será muito difícil de desenraizar.
As relações entre protestantes e judeus nos EUA estão a atravessar uma crise severa depois que alguns importantes líderes das principais denominações protestantes dos EUA terem acusado Israel de "violações globais" dos direitos humanos e urgido o Congresso americano a reconsiderar a ajuda militar a Israel.
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"Estou completamente pessimista quando vejo que eu, nós, vamos conseguir mudar 2.000 de teologia errada que se tem manifestado em toda a espécie de diatribes e facções anti-semíticas," - manifestou o Paul Wilkinson, pastor associado da Hazel Grove Full Gospel Church, uma pequena congregação pró-Israel localizada em Stockport, Inglaterra. E continuou: "Acredito que nos estaríamos a enganar a nós mesmos se acreditarmos que poderíamos mudar aquilo que eu entendo ser um Golias da teologia na Igreja. O Golias que hoje enfrentamos é o Golias da teologia da substituição, o Golias do palestinianismo cristão que zomba de Israel, que espicaça Israel, que acusa Israel, que condena Israel e os cristãos que apoiam Israel."
A "teologia da substituição", também apelidada de "supercessionismo", é a crença de que a cristandade tomou o lugar do povo judeu como recipiente das promessas que Deus fez no Velho Testamento.
"Esse Golias não pode ser derrubado com uma pedra e uma fisga como nos dias do rei David, porque o problema não é político, o problema não é sociológico, o problema não tem a ver com a falta de cultura ou de diálogo," - afirmou Wilkinson, acrescentando: "O problema é espiritual, o problema é que há um adversário de Deus, de Israel e dos cristãos."
CADA VEZ MAIS FREQUENTE NA EUROPA...
Wilkinson expressava estas opiniões na passada segunda-feira, durante a sessão de abertura de uma consulta organizada pelo B'nai B'rith World Center, em Jerusalém, e pelo Ecumenical Theological Research Fraternity in Israel (ETRFI). Fundada em 1966, por clérigos e teólogos em Jerusalém, a ETRFI visa promover as relações entre judeus e cristãos.
Cerca de 20 pastores, leigos e e activistas pró-Israel vindos de todo o mundo reuniram-se num hotel fora de Jerusalém para abordarem as atitudes anti-Israel que têm tipificado as principais igrejas protestantes nestas últimas décadas. Segundo o Centro Mundial B'nai B'rith, a consulta de três dias visou construir pontes entre Israel e as denominações protestantes e "ajudar a mudar as posições tendenciosas que têm adoptado em relação ao conflito israelo-palestiniano."
Alguns participantes contudo pintaram um quadro muito negro das relações entre as igrejas protestantes e Israel, afirmando que a Igreja se colocou esmagadoramente ao lado dos palestinianos.
"As preocupações humanitárias são o véu que cobre, ou são a racionalização para aquilo que em última análise acredito são as idéias anti-semitas e políticas anti-semíticas," - afirmou Andrew Love, pastor na Igreja Unida do Canadá, a maior denominação protestante no Canadá.
Em 2003, a Igreja que ele representa tentou reavaliar de forma crítica o seu relacionamento com a comunidade judaica, e deu "um significativo passo em frente," - recorda o pastor.
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Contudo, segundo ele, esse espírito positivo foi desde então rompido. No início deste ano, a Igreja decidiu "de forma contundente" sancionar produtos oriundos dos aldeamentos judaicos na Judeia. "Mas aquilo que emergiu desta história é o quão enraizado está esse ódio." - afirmou Love, acrescentando: "é muito mais subtil agora. Mas o cancer não está menos enraizado."
O pastor Love culpa-se a si mesmo e a outros amigos de Israel por falharem ao não falar: "Aqueles de nós que têm preocupação simplesmente não temos reagido ao crescente activismo que se desenvolve dentro nas igrejas locais," - afirmou o pastor, acrescentando acreditar que ainda existe esperança: "Há um grande abismo entre os pontos de vista da liderança sénior e de alguns activistas e a vasta maioria das pessoas que se sentam nos bancos das igrejas ao domingo de manhã. Temos de equipar essas pessoas sentadas nos bancos com outra narrativa sobre toda esta questão, não essa narrativa que eles estão recebendo agora e que é desequilibrada e tendenciosa."
UMA DAS ORGANIZAÇÕES "CRISTÃS" ANTI-SEMITAS 
O pastor britânico Wilkinson, por outro lado, foi bastante convincente na sua opinião de que as igrejas tradicionais protestantes são "um caso perdido" quando se trata dos seus pontos de vista acerca dos judeus.
E mencionou o sentimento que experimentou durante uma conferência internacional realizada há pouco tempo atrás em que percebeu o quão interiorizados estão os sentimentos anti-semitas em algumas grandes denominações cristãs: "Aquela conferência foi a minha primeira exposição ao absoluto ódio contra Israel que existe no coração - no coração - da Igreja protestante."
Durante a conferência, Wilkinson testemunhou como como os organizadores e os participantes denunciavam Israel com um estado racista culpado da limpeza étnica do povo palestiniano, chegando-se ao ponto de se dizer que nunca houve um Templo judeu em Jerusalém!
Um dos oradores apelidou o Deus dos cristãos sionistas de "o grande genocida" e descreveu o Josué da Bíblia como "o santo patrono da limpeza étnica". Segundo Wilkinson, nenhum dos pastores protestantes ali presentes levantou qualquer protesto...
Em 2010 - prosseguiu Wilkinson - um pastor escocês apresentou uma mensagem devocional a membros do parlamento escocês: "Ele falou acerca da esperança do Natal ser encontrada no nascimento de mais uma criança palestiniana, nascida refugiada, e vivendo sob ocupação militar," - recordou Wilkinson.
E acrescentou: "Não reconheço Jesus na Igreja protestante actual. O que encontramos agora é uma campanha de propaganda patrocinada pela Autoridade Palestiniana, o mundo islâmico e a Igreja protestante, incluindo a Igreja evangélica."
Referindo-se ao islão, Wilkinson acentuou uma nota bem negativa: "Entendo o desejo de se desenvolver um diálogo inter-religioso com a comunidade islâmica. Claro que haverá muçulmanos que são amigos de Israel, amigos do povo judeu. Mas um leopardo não pode mudar as suas marcas. O mundo tem medo de falar e denunciar aquilo que é tão claro e óbvio  - que isto é uma religião de ódio, uma religião de morte, uma religião de sujeição e opressão. E não há esperança para essa religião, embora haja esperança para muitos muçulmanos."
As relações entre judeus e protestantes têm andado turbulentas nestes últimos anos, mas a crise piorou drasticamente no mês passado depois que líderes das principais denominações protestantes da América terem enviado uma carta conjunta ao Congresso dos EUA apelando aos políticos americanos para que reconsiderassem o seu apoio militar a Israel.
A carta refere-se a "amplas violações dos direitos humanos cometidos pelos israelitas contra palestinianos, incluindo a morte de civis, a demolição de habitações e deslocalização forçada e restrições às movimentações de palestinianos, entre outras."
Os 15 signatários declararam ainda ver "um perturbador e consistente padrão de desprezo das autoridades israelitas pelas políticas norte-americanas que apoiam uma paz justa e duradoira."
Logo a seguir à publicação da carta, 7 importantes organizações judaicas retiraram a sua participação em um encontro inter-confessional a realizar no final desse mês.
Apesar de tudo isto, a organização norte-americana "Christians United for Israel" (Cristão Unidos por Israel), que se considera "um dos mais importantes movimentos cristãos base no mundo", declarou que a carta não representa a maioria dos cristãos, pelo menos nos EUA.
"A grande maioria dos cristãos americanos reconhecem que quando Israel enfrenta o Hezbollah, o Hamas e a Jihad islâmica, está confrontando inimigos que nós partilhamos em nosso lugar," - afirmou David Brog, o director do grupo, acrescentando: "E a grande maioria dos cristãos americanos sabem que conquanto Israel não seja perfeito - tal como os EUA - ambas as nossas nações estão comprometidas na luta contra o terrorismo, ao mesmo tempo que aderindo aos mais elevados padrões morais."
É interessante e ao mesmo tempo trágico reconhecer a tendência anti-semita destas igrejas protestantes históricas, ao mesmo tempo que se acentua o seu declínio. Parece que quanto mais anti-semita uma igreja se vai tornando, mais declínio espiritual ela vai experimentando, deixando a autoridade e interpretação literal da Palavra de Deus, para se dedicar às causas sociais, ao ecumenismo e às ondas humanistas que tanto têm danificado a verdadeira fé cristã.
Cremos com toda a convicção que todo o verdadeiro cristão nascido de novo torna-se cada vez mais um amigo de Israel, como povo e nação, ao reconhecer as suas raízes e que toda a sua vida e existência tem a ver com a aliança que o Eterno Deus fez com um povo - o povo de Israel. Uma leitura aprofundada de Romanos 9, 10 e 11 será o suficiente para elucidar qualquer um que tenha a humildade suficiente para reconhecer o maravilhoso plano de Deus para o Seu povo!
Shalom, Israel!

2 comentários:

Luciano de Paula Lourenço disse...

Meu Deus, quanto ignorância Bíblia destes que se dizem cristãos e confrontam o povo de Israel com mentiras satânicas. Creio eu, com firmeza, que a Bíblia que esses cristãos(cristãos?) usam para estear sua fé não é mesma que os cristãos autênticos – seguidores de Jesus Cristo - usamos como regra de fé e prática: a Palavra de Deus.
A Bíblia Sagrada é clarividente com relação às promessas ao povo de Israel. Dois terço das promessas bíblicas são direcionadas a Israel. E Deus nunca mudou quanto ao cumprimento de suas promessas ao seu povo, haja vista que Ele é o Senhor que não muda – “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3:6).
Israel é o povo de Deus, cujas promessas são materiais e espirituais; a Igreja é o povo de Deus, cujas promessas são espirituais. Portanto, todas as promessas materiais feitas por Deus a Israel, e isso inclui o restabelecimento do povo à sua terra original – vide Ezequiel cap. 37 e 38 -, serão inexoravelmente cumpridas. Não há nenhum texto bíblico que justifique a teoria da substituição. Esta falaciosa teoria é tendenciosa e maligna.
Deus salve Israel.
Luciano Lourenço

Anónimo disse...

amém ,querido irmão concordo totalmente com seu comentário.DEUS te abencoe.